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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Sobre as emoções...


          Sobre as emoções, o que elas representam em nossas vidas? Que poderes secretos elas possuem sobre nossas ações?  Hoje voltando da casa do meu irmão durante o caminho pensava sobre essas questões que, desde a semana do carnaval, após uma série de fatos envolvendo pessoas próximas, não querem me deixar.
          As emoções com certeza são resultado de reações químicas e um monte de processos desenrolados em nosso organismo. Movimentos que muito influem em nossos pensamentos e atitudes. A forma como nos sentimos emocionalmente pode determinar a interpretação que damos aos fatos que ocorrem a nossa volta. O desconhecimento do indivíduo a cerca de suas próprias emoções pode trazer a este a distorção da realidade em que está situado, de modo a criar uma teia de significados não condizente com os fatos.
           Acredito que isso seja uma verdade quase óbvia, mas de tão banal, naturalizada, acaba passando despercebida de nossas reflexões. As emoções possuem um poder oculto sobre o complexo orgânico chamado Homem. Poder em muito subestimado. Entretanto, basta ligar a TV para se experimentar um pouco dessas potências. As emoções respondem a estímulos de naturezas tanto interiores quanto exteriores.  Daí a grande sacada das religiões ou dos ditados populares sobre o “controle sobre as emoções”: na verdade não acredito no controle pleno das emoções, mas acredito na possibilidade de se compreendê-las e, por meio disto, direcioná-las. Também, acredito que podemos ser mais seletivos quanto aos estímulos emocionais externos – daí não assistir tanta porcaria na televisão, se desligar de encontros com desafetos etc.
          Para todo homem e mulher é importante entender suas emoções/sentimentos, isso permite certa margem de ação sobre quais estímulos mais ou menos nos afetarão. Isto é, identificar os que nos são maléficos e por isso evitáveis ou, se incontornáveis, lidar com eles de modo que nos sejam menos danosos. O conhecimento de nossas emoções/sentimentos é parte da tarefa de conhecer, assim como dos meios em que transitamos. Entender quem se é, perceber o que nos diferencia dos outros, aceitar e assumir essa diferença e não esquecer, não deixar de abraçá-la - autodeterminação é importante. Isso nos garante certa segurança ontológica, uma possibilidade de olhar e interpretar o mundo a nossa maneira e não apenas reproduzir as ideologias ensejadas pelas tecnologias de controle individuais/relacionais e sistêmicas.
          Enfim, precisava exercitar um pouco a minha escrita e, aproveitando que essas reflexões estão fritando meu cérebro no momento, resolvi exteriorizá-las aqui. J
                    
Cordialmente,
      Cleverson Fleming.         

3 comentários:

  1. Considerações muito pertinentes, continue escrevendo,pois raros são os indivíduos que conjugam o verbo refletir e você é um deles.

    Beijos saudosos,

    Luanna

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